Por que investir no exterior? Essa é uma pergunta que muitos brasileiros deveriam fazer. Aliás, um número crescente descobriu essa maravilha.
Entre as vantagens estão a exposição a moedas fortes, e maiores alternativas em investir num ambiente mais competitivo e propício a negócios.
Além da volatilidade do real, sensível ao ambiente político interno e externo pressiona esta tomada de decisão.
Contudo, vamos abordar neste artigo as principais vantagens que o brasileiro leva em investir no exterior.
POR QUE INVESTIR NO EXTERIOR?
Os produtos financeiros disponíveis no mercado local são insuficientes. Por outro lado, investir no exterior abre um mundo de novas possibilidades.
A bolsa brasileira, negocia ações a um número restrito de empresas, ou seja, cerca de 1% das existentes no mercado global. Em números reais isto daria em média 300 empresas.
Em contrapartida, nas bolsas americanas, por exemplo, são mais de cinco mil. Isto quer dizer, quase a metade de todo o mercado de ações no mundo.
Em projeções o que isso significa?
Permite que o investidor tenha uma carteira diversificada, podendo emitir seus investimentos na Europa, Ásia e outras localidades do mundo.
É uma diferença surreal com o Brasil que carece de diversidade em setores variados.
Outro quesito fundamental para investir no exterior, principalmente sendo brasileiro, é a questão da segurança.
Na economia brasileira a inflação é um temor recorrente. O dinheiro fora do país, em conjunto ao dólar, fica protegido destes problemas.
Outro fator importante é que investimento no exterior dará a dimensão e métrica do resultado de sua carteira em variadas épocas quando os mercados locais de renda fixa e variável não vão bem.
Este assunto pode-lhe interessar: INVESTIMENTOS EM 2023 PARA INICIANTES
CONSIDERAÇÕES PARA INVESTIR NO EXTERIOR
Se investir no Brasil exige estudo e dedicação, fora do Brasil não é diferente. Isto quer dizer, deve estar disposto a conhecer as opções que pode interessar.
Alguns investimentos têm intrinsecamente custos adicionais, também é importante avaliar o valor que está disposto a mandar para fora. É recomendável pedir ajuda a especialistas antes de decidir.
Quando falamos em burocracia, investir no exterior é tão simples quanto investir em uma ação ou um título público no Brasil.
O que essa simplicidade quer dizer na prática?
A dedicação de alguns minutos para a declaração de Imposto de Renda, por exemplo.
Pela legislação brasileira quem possui mais de US $100 mil no exterior até o dia 31 de dezembro de cada ano, deve informar à Receita Federal sobre os bens na declaração do ano seguinte.
Além da entrega anual ao Banco Central da declaração específica de bens no exterior.
QUAIS OS PASSOS PARA INVESTIR NO EXTERIOR?
A notícia boa para o brasileiro é que não precisa sair do Brasil para investir no exterior. E muito menos ser rico.
As maneiras de fazer isso são através do BDR, ETF, COE e Fundos de Investimentos.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
uma das maneiras mais simples de investir no exterior sem a necessidade de mandar dinheiro fora do Brasil.
A vantagem de investir no exterior pelos fundos de investimento é a simplicidade.
São tributados em 15% sobre ganhos, no quesito ações. No Brasil existem 80 fundos internacionais, entre eles: Stanley e Bridgewater.
BDR
significa Brazilian Depositary Receipts, são certificados que representam ações emitidas por empresas no exterior, mas negociados no Brasil.
São certificados de depósito de valores mobiliários a títulos emitidos no Brasil, mas representando ações de empresas no exterior. Permitindo investir em ativos estrangeiros sem tirar o capital do Brasil.
Ao comprar um BDR o investidor não investe diretamente nas ações, mas nos títulos representativos.
ETF
Exchange-Traded Funds é o nome dado aos fundos de índices que replicam permanentemente a carteira de um índice, acompanhando o seu desempenho.
As cotas são negociadas no pregão e cada uma dessas cotas representa uma carteira com a inclusão de dezenas de papéis.
As operações com ETFs são da mesma natureza que as compras de ações. No quesito tributo, o Imposto de Renda é de 15% sobre o ganho obtido e não há isenção para vendas abaixo de R $20 mil por mês.
COE
Os Certificados de Operações Estruturadas, é o investimento que mescla aspectos de renda fixa e variável.
Pode-se caracterizar o COE como uma espécie de “pacote” de operações financeiras, envolvendo papéis que pagam juros de um espectro e derivativos de outro.
Os COEs, igualmente aos fundos de investimentos, possuem uma taxa de administração, que varia de 0,5% a 2% ao ano.
São tributados pela tabela regressiva do Imposto de Renda, a mesma que incide nos produtos de renda fixa. As alíquotas variam de 22,5% a 15% sobre os ganhos, dependendo do tempo da aplicação.
DADOS DE INVESTIMENTOS DE BRASILEIROS NO EXTERIOR
Brasileiros intensificaram de parte investimentos para fora do País a partir de dezembro de 2022.
O maior acesso aos ativos globais e mudança de governo favoreceram o movimento e contribui com o aumento no fluxo.
No último trimestre de 2022, a consulta por investimentos no exterior cresceu. Dado confirmado por Wilson Barcellos, CEO da Azimut Brasil Wealth Management, que opera em14 países.
Marcos Almeida, diretor da WIT Exchange, especializada em gestão de patrimônio, também afirma que o último trimestre do ano, houve aumento de remessas para bancos e corretoras de investimentos no exterior.
Segundo Marcos, em 2022, houve um aumento de 30% em relação aos números de 2021.
Após a leitura deste artigo, deve ficar claro o porquê de investir no exterior. Principalmente se o leitor deste artigo for brasileiro.
Siga nossas dicas e tenha sucesso em seu investimento. Em caso de dúvidas, não hesite em voltar aqui.